segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Sobre o projeto de levar uma vida "normal"

Sim, esse é um projeto pessoal e que eu nunca dividi com ninguém. Sim, estou tentando levar essa vida "normal" desde que os dois nasceram. Sim, eu ainda não cheguei lá. Tá, eu nunca chegarei lá!

Já pensei um tantão sobre isso, que nem tenho como colocar assim escrito o tamanho exato. O fato é que tem dias que essa coisa de esperar ter uma vida normal me angustia, tem outros dias que coloco esse pensamento de lado e sigo a vida.

Semana passada passou um Furão Katrina por aqui, arrasou TUDO, imaginem a cena, Papai Passarinho com pneumonia avançada e infecção nos brônquios, Benjamin com rinite, Bernardo com bronquite, Mamãe aqui gripada.

 =O

Estava um caco, porém juntei os cacos e segui a vida, sem entender exatamente se estava levando a vida ou se a vida estava me levando.

No sábado as coisas começaram a melhorar, Papai já acordou menos cansado e mais animado, Benjamin estava muito bem e Bernardo com pouca tosse.

O Katrina passou e estamos ajeitando o que restou dos escombros.

Passou o furcão, ficaram os pensamentos.

Fiquei mesmo pensativa de como essa loucura de ser mãe muda nossa vida, e vou ser sincera, quando eles nasceram TUDO virou de pernas para o ar, nunca mais tive tempo de fato, nunca mais planejei algo e consegui executar conforme o planejado, nunca mais nada. Eles nasceram e no meio da loucura o que eu pensava era simplesmente que aquela fase ia passar, e que logo tudo entraria nos eixos, só que nunca. 

Triste ou feliz realidade, nem sei exatamente dizer, pois não é triste, é diferente, mas é muito feliz, mesmo com dias ruins. Sei que fica uma escrita difícil de entender, acreditem, tenho essa mesma dificuldade de compreensão.

Bastante, bastante diferente, ser mãe é uma coisa de viver um dia de cada vez, porque de um dia para o outro tudo muda muito. 

Vez ou outra as coisas começam a ficar mais calmas, então acredito que tudo vai andar, dai vem um Katrina, um Rita, um Wilma, e lá se vai a tão esperada vida "normal" depois dos filhos. Aliás, estou aqui pensando, porque os nomes dos furacões são todos, ou quase todos, femininos?

Vou dar a minha dica, porque nós passamos, arrasamos, mas damos sempre um caminho para a reconstrução. Quem sabe...

Estou aqui escrevendo e acalentando meu coração, na certeza de que NUNCA MAIS terei uma vida "normal". E estou mesmo pensando que nem sempre a normalidade é normal, e estou certa de que quase sempre a normalidade beira à chatice.

Então, que assim seja, que tenhamos aqui dias anormais, loucos, estranhos, felizes, engraçados, chatos, tristes, bons, de sorrisos, de brincadeiras, de tristeza, mas de muito amor e da certeza de que na anormalidade crescemos, aprendemos e vivemos.

Porque no final, mais vale VIVER a VIDA do que normalizar a vida.

Um brinde a Vida nada Normal que vivemos aqui!



3 comentários:

  1. Eu sempre penso na "bagunça organizada" que virou a minha vida depois do nascimento do João. Antes eu tinha horário pra tudo, tudo era muito pensado... hoje em dia com certeza é a vida e o João que me guiam... nada é planejado por mim, mas sim por um banguela de 60 cm! Inacreditável né?
    Mas te falo uma coisa.. acho que minha vida antes era muito chata... prefiro esse vendaval chamado João Nicolas que, varreu a minha vida de uma maneira sem volta!

    Beijos Carol, beijos nesses passarinhos lindos! Ah, e que vocês se recuperem de vez!

    *tem sorteio lá no blog, fica a vontade para participar.

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  2. Caroline que nossos dias sejam bem anormais e cheios de alegria, meus que muitas vezes tenhamos dias de caus.
    Eu nunca me enquadrei como normal :), acho que por isso Deus nos escolheu pois sabe que somos fortes para aguentar essa doce loucura.

    Tri-beijos Desirée
    http://astrigemeasdemanaus.blogspot.com.br/

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  3. Ô querida. Estavam doentinhos, que barra. E as mamães sempre as mais fortes né?

    Sabe que já pensei muito nisso também. Parece que todas as mães conseguem viver e eu não. Mas deixei isso pra lá e você faz bem em deixar também. A vida não é perfeita, não é sempre colorida, mas nós temos presentes divinos e tudo vale por eles. Vamos vivendo assim mesmo, loucas mas rindo muito.

    Beijo!

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