terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Brincar de: banho no nenêm com espuma


Esta semana estamos novamente na casa da Bobó Dite, eita que essa semana será boa, eles ADORAM casa, correr, brincar, se sujar...

Aqui na casa da minha mãe tem coisas deliciosas que eu só poderia viver aqui, entre elas encontrar minhas bonecas de infância guardadas, para que eu possa reviver a delícia de brincar de BONECA.

Meu marido não se opõe, quando perguntei a ele se poderia deixar os passarinhos brincarem com as minhas bonecas ele saiu com essa: porque não poderia, desde que eles nasceram eu brinco de boneca todos os dias e não me sinto menos homem por isso. 

Fico feliz demais, pois sou da opinião de que o que nos torna homens ou mulheres não são as bonecas ou os carrinhos que brincamos na nossa infância. Portanto sempre pensei que se tivesse meninos vou com certeza daria a eles bonecas, loucinhas, roupa para passar, e tenho certeza de que eles não serão menos másculos por brincarem com brincadeiras "ditas" de meninas.

Respeito quem entende a brincadeira infantil de forma diferente da minha, mas aqui neste blog falo de mim, da minha maternidade e do que quero para a educação dos meus filhos, por isso hoje vou mostrar uma brincadeira que fizemos hoje pela manhã aqui na casa da Bobó Dite.

Resgatei minhas bonecas guardadas e convidei os meninos para darmos banho nos nenês, tudo o que precisamos foi: bonecas, balde, esponjas, shampoo e água.

Detalhe, começamos com as bonecas e terminamos no muro da Bobó...


Lá em casa não consigo produzir espuma, como aqui, para fazer espuma é necessário que se tenha pressão na água, lá em casa não rola, tentei e não consegui, mas aqui a mangueira da Bobó é eficiente e deu SUPER certo.

Será que preciso ressaltar que os passarinhos AMARAM brincar com espuma?

Começaram lavando as bonecas, mas o bom mesmo, foi experimentar e brincar com a espuma, que foi a sensação...

Bernardo, piu...

Benjamin, piu, piu...

Nos divertimos muito, gostaria de ter quem me fotografasse nestes momentos, poderia mostrar que me divirto tanto quanto ou mais do que eles. Até porque cresci aqui, desta forma, livre, brincando de espuma e de se sujar, desejo que eles tenham o mesmo, por isso proporciono a eles estes momentos de brincar livre e de se sujar.

Voltando ao assunto menino brinca de boneca, sim ou não... Dias atrás uma querida mãe de gêmeos do grupo das Mães Multipletes nos trouxe um texto muito interessante falando sobre o assunto, trago o texto transcrito abaixo para que todas possamos fazer uma leitura e conversarmos sobre esse assunto. Sei que é assunto polêmico, mas gostaria de ler sobre as diversas opiniões que podemos ter, afinal, quando conversamos crescemos. Segue o texto:

Os meninos deveriam brincar de boneca e de casinha sim!!!

Leonardo Sakamoto

Tenho dado bonecas de pano de presente para filhos de alguns amigos. Há algumas lojas que vendem brancas, negras, indígenas, asiáticas.

Diante do estranhamento dos pais (“Ah, mas ele é menino!”), tento explicar que brincar de boneca e de casinha deveria ser algo incentivado a ambos os sexos.

Formaríamos homens mais conscientes e menos violentos se eles entendessem, desde cedo, que cuidar de bebês, cozinhar, limpar a casa não são tarefas atreladas a um gênero, mas algo de responsabilidade do casal. Não há nada mais anacrônico do que tomar como natural que o homem deve sair para caçar e a mulher ficar cuidando da tenda no clã. Em alguns países, após um período inicial de licença maternidade básica, o casal escolhe quem continua fora do trabalho para cuidar do pimpolho. Podem decidir, por exemplo, que ele ficará em casa e ela irá para a labuta.

Enquanto isso, damos armas e espadas de brinquedo para os meninos. Dia desses, vi um par de pequeninas luvas de boxe expostas em uma loja – para lutadores de seis anos. Evoluímos como sociedade, mas continuamos fomentando a agressividade entre eles como se fosse algo bom. A indústria de brinquedos, com raras exceções, trabalha com essa dualidade “meninas precisam aprender a cuidar da casa e ficar bonitas para os meninos” e “meninos precisam aprender a governar o mundo”. Quem quer romper com isso encara certa dificuldade para encontrar produtos.

O filho de um amiga ganhou de presente um kit de panelinhas, prato e talheres de brinquedo. Ele adora. Mas foi duro encontrar um modelo que não tivesse estampas com desenhos de meninas. Isso sem contar as caixas, que trazem garotas brincando de cozinha, como se o produto não pudesse ser utilizado por garotos também. Isso sem falar dessa imbecilidade de que rosa é cor de menina e azul de menino. Quando alguém começa a defender esse maniqueísmo pobre, dá uma preguiça…

Brinquedos não deveriam trazer distinção de gênero. Ou como diz uma imagem que estava correndo o Facebook: “Como saber que um brinquedo é para menino ou para menina?” E faz uma pergunta: “Vibra?” Se a resposta for sim, não é para crianças. Se a resposta for não, vale para ambos os sexos.

O homem é programado, desde pequeno, para que seja agressivo. Raramente a ele é dado o direito que considere normal oferecer carinho e afeto para outro ser em público. Ou cuidar de bebês e da casa. Manifestar sentimentos é coisa de mina. Ou, pior, é coisa de “bicha”. De quem está fora do seu papel. Papel que é reafirmado diariamente: dos comerciais de produtos de limpeza em que só aparecem mulheres sorrindo diante do novo desentupidor de privadas até a escolha de determinados entrevistados por nós jornalistas, que também dividimos o mundo entre coisas de homem e de mulher. “Ah, mas o mundo é assim, japa.” Não, não é assim. Nós que não deixamos ele ser diferente.

Homens que trabalham no Brasil gastam 9,5 horas semanais com afazeres domésticos, enquanto que as mulheres que trabalham dedicam 22 horas semanais para o mesmo fim. Os dados são da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Com isso, apesar da jornada semanal média das mulheres no mercado ser inferior a dos homens (36 contra 43,4 horas, em termos apenas da produção econômica), a jornada média semanal das mulheres alcança 58 horas e ultrapassa em mais de cinco horas a dos homens – 52,9 horas – somando com a jornada doméstica. Ou 20 horas a mais por mês. Ou dez dias por ano.

A análise mostra também que 90,7% das mulheres que estão no mercado de trabalho realizam atividades domésticas. Enquanto isso, entre nós homens, esse número cai para 49,7%. Porque brincar de casinha é coisa de menina.

Trabalho doméstico não é considerado trabalho por nossa sociedade, mas sim obrigação, muitas vezes relacionado a um gênero, que tem o dever de cuidar da casa. Às vezes, o casal trabalha fora e, nesse caso, terceiriza-se o serviço doméstico para outra mulher, seja ela babá, faxineira ou cozinheira. Sem, é claro, garantir a elas todos os direitos trabalhistas porque, até o Congresso Nacional aprovar nova lei, são cidadãs de segunda classe. E, diante da possibilidade de pagar direitos trabalhistas a quem faz o trabalho doméstico, a classe média pira.

A disputa é no campo do simbólico e, portanto, fundamental. Todos nós, homens, somos inimigos até que sejamos devidamente educados para o contrário. E os brinquedos que escolhemos para nossos filhos fazem parte dessa longa caminhada a fim de garantir um mínimo de decência para com o sexo oposto.

*Leonardo Sakamoto é jornalista e doutor em Ciência Política. Cobriu conflitos armados e o desrespeito aos direitos humanos em Timor Leste, Angola e no Paquistão. Professor de Jornalismo na PUC-SP, é coordenador da ONG Repórter Brasil e seu representante na Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo.

Concordo com cada palavra, e deixo aqui um questionamento, quando afirmarem aos meus passarinhos que cozinha e cozinhar são "coisas" de mulher o que eles deverão responder, se vivem e crescem em uma casa aonde quem cozinha e vai para a cozinha é o Papai Passarinho?

7 comentários:

  1. Adoro a "bagunça" dos passarinhos! Tá vendo como casa de vó é tudo de bom?

    E quer dizer que você entra na farra? Também adoro Carol. É importante deixá-los a vontade, se sujar faz bem e nada melhor que brincar junto.

    Aqui o marido não gosta que o Pititico brinque com nada que ele julga ser de menina. Eu penso o contrário: acho que não tem nada a ver e, que os meninos precisam aprender sim a cuidar da casa, cozinhar, cuidar dos filhos. Isso é uma bobeira e o que muitas vezes produzimos com isso são homens "machistas" que acham que casa, fogão, filhos é tarefa exclusiva da mulher.

    Se queremos uma realidade diferente precisamos nos atentar a isso.

    Amei! Vou mostrar pro maridão!

    Bj!

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  2. Que brincadeira deliciosa! Espero que aproveitem cada minuto na casa da vovó, com bonecas, espumas e muito amor! Beijos grandes.

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  3. Eita brincadeira gostosa e divertida!
    As crianças devem ter amado!
    Boa semana pra vocês!
    Beijos!

    www.asosmamaenadia.com

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  4. que delicia Carol......isso mesmo,,,,,,muita diversão e com coisas tão pequenas e simples......adorei o post....como sempre...bjus

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  5. É muito bom né vê essas coisinhas fofos bagunçando a casa né Hihihi...
    beijinhOos ♥

    http://www.anjodmv.com/

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  6. Carol! Adorei!!!! Olhe, pense numa coisa que me dá nos nervos!!! Tenho um amigo que não quer nem que o filho chegue perto da maquiagem da mãe quando ela tá usando. Pra ele é só mais um brinquedo, gente! Me dá nos nervos!
    Parabéns por sonhar com os seus filhos felizes, e só!
    E que bagunça gostosa! Oh delícia!

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  7. Que brincadeira gostosa!!!
    Adorei!
    Beijos
    Chris
    http://inventandocomamamae.blogspot.com.br/

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