quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Do quase nada que sei =/

Esta semana que passou me peguei pensando em coisas muitas sobre a maternidade, entre elas as minhas certezas, incertezas, incertas...

A realidade é que a imagem que sempre tive de maternidade é a da minha mãe, e claro que ela sempre me pareceu super segura, certa de todas as suas decisões, não sei dizer se ela pensava isso tudo que penso eu hoje, mas eu penso muito.

Antes dos passarinhos nascerem li um bocado sobre maternidade, li um bocado sobre gêmeos e li outro bocado sobre ser mãe, tempo pra ler eu tinha, parei tudo, fui forçada a repousar, pensa na louca que leu tudo o que podia e mais um pouco.

E foi assim, repousando, sem filhos berrando, sem casa desorganizada, sem roupas para lavar, sem leite para pensar, que me senti certa de que sabia tudo o que precisava saber sobre ser mãe. PRONTO! Eles podiam nascer, eu sabia tudo, eu faria tudo, tava tudo ali, nos livros, e era só seguir,

Só que ai que um dia eles nascem e eu me vejo sem nenhum suporte real, cadê o livros que ia me ajudar? Ai é que vem o problema, filhos não tem manual, mesmo que o livro pareça com um manual, ele não se aplica a realidade do dia a dia, da vida, dos filhos e especialmente das peculiaridades de cada filho.E eu tenho 2 filhos, bem peculiares por sinal =/

De qualquer forma, muito do que eu precisava aprender sobre os primeiros meses dos babys descobri ainda no hospital, no período em que os passarinhos ficaram internados, um outro tanto os livros me ajudaram e bastante o dia a dia e as descobertas REAIS sobre a maternidade.

E com o tempo vamos nos deparando com a realidade acerca do ditado que diz: "filhos pequenos trabalhos pequenos, filhos grandes trabalhos grandes". Ai é que o bicho PEGA.

Eles eram bebês chorões, na medida, ou não, porque sou mãe de primeira viagem então o que sei é a única medida que vivi até hoje, a medidade deles. Eles eram bebês ativos, eram e são, fato, só há calma e tranquilidade na nossa casa se eles estão dormindo, caso contrário bastam 5 minutos para a casa estar virada de pernas para o ar.

Porém, algo mudou neles dois de um tempo para cá, a umas 2 semanas que sinto minha vida virar, UAU, eles mudaram, um bocado, e os livros não falavam disso (ou eu estou precisando de novas leituras). Mudaram de uma forma estranha e vou ser sincera, TERRÍVEL!

Na segunda-feira por exemplo, fomos ao supermercado, ao contrário de outras idas eles não quiseram de forma alguma ficar no carrinho, se os deixássemos no chão corriam e jogavam tudo no chão. Como já havíamos selecionado tudo, decidi deixar o papai passarinho passando as compras e fui para o carro. Podia ter sido simples assim, só que não, eles se jogaram no chão, não queriam levantar, berravam, e eu me peguei naquela situação péssima que já presenciei diversas vezes em supermercado, uma mãe constrangida com um filho dando show, só que desta vez a mãe constrangida era EU.

Sim, fiquei muito constrangida, o supermercado CHEIO e os dois dando show.

Peguei eles no colo e sumi, fui para o carro. Eles não queriam entrar, novamente fizeram show no estacionamento. Deixei eles livres no carro, e até ai tudo bem, tenho sempre livros no carro, li algumas histórias, cantamos, e o Papai chegou. Colocou as compras no carro e fomos sentá-los na cadeirinha para seguirmos para casa, podia ser simples assim, só que não novamente, NOVO SHOW, se jogavam, berravam e tudo aquilo que esperava nunca passar. Papai precisou usar de voz bem ATIVA, falou alto e impôs limites, eles sentaram.

Chegamos em casa, estava me sentindo exausta e me perguntando: cadê meus passarinhos que estavam aqui?

Não sei dizer ao certo tudo o que passa na minha cabeça, não sou hipócrita em dizer que eles eram anjos, volto a dizer eles são ativos, mas nunca foram assim exagerados. Não consigo sequer encontrar uma palavra que descreva o que sinto, como me sinto.

Estou aqui me perguntando se seria isso a fase dos terríveis dois, que já li em alguns sites e blogs, ou me pergunto se estou a fazer algo de errado.

A algum tempo atrás li um livro chamado "Besame Mucho - como educar seus filhos com amor", me encontrei em cada frase do autor, em como quero e desejo lidar com os passarinhos, como ensinar através do amor que sinto, como fazê-los se perceberem nesse mundo. Mas o livro não relata como lidar, com amor, com filhos que se jogam no chão e berram para que todos parem para apreciar o show da dupla.

Não sei, não sei e não sei...

Toda aquela certeza que via nos olhos da minha mãe não encontro na minha maternidade. Estou aqui pensando se estou educando os dois de forma errada, qual o limite, como agir em casos assim. Como não ficar constrangida mas agir de forma segura.

Abro aqui um parênteses, quando digo que me sinto constrangida não estou me referindo a sentir vergonha em educar na frente de desconhecidos, não é isso, constrangimento no sentido de que não estou sabendo como lidar com esse tipo de situação, e como não sei lidar me pego sem ação. A questão em si está no fato de que como converso com eles diariamente, não vejo lógica nesse tipo de atitude, acabo por achar mesmo tão surreal que fico constrangida. Eles não eram assim, e porque tem agido assimda noite para o dia.

Porque a mudança? O que anda acontecendo?

Esse é um post desabafo, com um desejo sincero de que logo consiga perceber como lidar com essa FASE (espero que seja somente uma fase) a qual estamos passando.

Taí a grande Mafalda, ilustrando como me senti no supermercado!






9 comentários:

  1. Ninguém vive de flores né?! Acontece com todo mundo, altos e baixos. Beijos

    Deu a louca na minha internet, mas ja estou de volta rsrs. Beijos querida!!!

    http://principecaioandre.blogspot.com.br/

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  2. Carol eu acho isso super normal. São fases sim e que vão passar com certeza. Não sei te dizer como agir, porque vc sabe bem que não tem fórmula. Cada criança responde de uma maneira nessas situações. Mas, ajuda muito na hora de lidar com esse tipo de situação a nossa paciência no momento. Se já estamos estressados é meio caminho andado para a bomba estourar. Mas, esse não parece ser o seu caso. Por isso, acalme seu coração e tenha em mente que vc já faz tudo o possível para os seus passarinhos crescerem saudáveis e felizes. Inclusive mostrar limites a eles de maneira afetuosa. Vc nos mostra sempre isso na sua maneira de ser com os pequenos. bjão

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  3. Sim, é fase... A fase conhecida como "terrible two", em que as crianças pequenas ainda não conseguem lidar bem com frustrações, não aceitam ser contrariadas, etc. Já vivi um episódio parecido, contei aqui - http://conversandocombernardo.com/2013/06/26/sobre-os-terrible-twos-ou-a-primeira-grande-birra/ - e, em resumo, só nos resta ter paciência, mudar o foco da atenção dos pequenos, e torcer para que a fase passe logo ;) Um beijo

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  4. Oi, Caroline! Acabei de conhecer o seu blog e to adorando! Já estou te seguindo.
    Eu sempre quis ter gêmeos, desde pequena, e agora sou tentante e confesso que dá um medinho tipo "Eita, e se Deus me der o que sempre pedi?!". É porque agora to no jogo pra valer!
    Apesar de não ser mãe, tenho muitas amigas mães e também vi a minha mãe criar as minha irmãs mais novas. Me parece que dar liberdade é ótimo, mas até certo ponto, sabendo impor limites. Mas vejo que é o que você faz. Não se preocupe com estar fazendo errado! Isso é fase sim. A minha afilhada também já deu birras homéricas e a minha comadre buscou ser firme, e já colocou de castigo algumas vezes, sempre conversando, explicando o que é o certo e o porque de ela estar de castigo.
    Espero que você consiga lidar com essa fase, sem constrangimento.
    Beijos,
    Rita
    http://melancianabarriga.blogspot.com/

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  5. Caroline não fique com vergonha toda mãe já passou ou vai passar por uma situação dessa. Sei que não tem fórmula, mas com as meninas faço assim me aproximo bem dela, na verdade falo no ouvido delas, que se continuarem assim iremos para casa e não iremos mais passear, como elas amam rua, então para elas funciona:) ou então digo quando chegarmos em casa ela(s) ficaram sem algo que gostam muito, por tantos dias. Logo elas param, na verdade as meninas são bem sapecas em casa, mas na rua até que se comportam. Bjs e que essa fase passe logo :)

    Tri-beijos Desirée
    http://astrigemeasdemanaus.blogspot.com.br/

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  6. Caroline, que saudade do teu cantinho. Ando meio relapsa, eu sei, me desculpa.

    Quando eu estava gravida li e reli tanta coisa, jurei, afirmei que seria assim e assado... algumas coisas até foram, mas a maioria não. Cai de paraquedas na real maternagem... fiz vários posts falando sobre isso.

    Eu acredito que seja fase sim, uma fase que deixa qualquer mãe louca, mas uma fase passageira.

    Não fica triste, vai passar e eles vão voltar a ser encantadores como sempre foram.

    Beijos querida.

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  7. Tbm estou passando por essa fase Carol, vc não está sozinha nesse barco.
    E, eu tbm me pego pensando, nessa culpa sem fim que nós mamães temos, que estou fazendo algo de errado na educação do meu pequeno e que não sei como lidar com isso. Mas o jeito é encontrar, nem que seja do além, paciência e calma...

    Bjs

    Michele
    http://kalebcrescendo.blogspot.com.br/

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  8. Não conhecia seu blog,estou retribuindo a visita e já estou seguindo adorei seu cantinho!Bom vc não está sozinha minha pequena tem dois anos e ela sempre foi um doce quase não chorava,agora me pego nessa fase das birras que normalmente acontecem na rua,tento falar firme com ela e mudar o foco,que muitas vezes resolve,mas são fases...bjos

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  9. Olá!
    Bem vinda ao clube. Isso da fase vai passar viu?
    Tem que ter paciência.
    Tenha uma ótima noite!
    Com carinho

    http://femmedigital.blogspot.com.br

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